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O bom ladrão e muita história pra contar
Sinuca, biritas e um encontro deveras divertido. A noite
de Sábado (15/11/2003) marcou o primeiro evento oficial
da [dG] Paraná, desfrutado por uma turma de gente
da melhor qualidade no aconchegante bar Etc & Tal.
A Bola 8 não reservou novidades aos contendores.
Destaque para a notável dupla Mauricio e Gilson que,
sem dó nem piedade, não deixou pedra sobre
pedra, desbancando seus adversários um a um, por
vezes com requintes de crueldade. Enfim, uma reunião
que se repetirá oportunamente.
Porém, como num bom filme de suspense, quando tudo
parece estar na mais perfeita ordem, surge o inusitado ou
como no caso a relatar o pitoresco.
Após as despedidas e algumas cervejotas a mais,
saímos rumo à noite curitibana. Foi então
que, arrebatados por uma aviltante surpresa, recebemos a
notícia de Gilson: "Roubaram meu carro!".
Andando como perdigueiros sem faro pelas vias da João
Gualberto, tentávamos localizar a viatura desaparecida.
Estaria Gilson equivocado quanto a localização
de seu Kadett vermelho? "Não! Ele sumiu!
Deixei o carro exatamente aqui!" dizia ele,
apontando para a vaga no meio-fio, tentando simular calma,
mas deixando transparecer uma transtornante preocupação.
Prestes a esganar o guardador de carros "Onde
está meu carro, rapaz?" apontamos
para um Kadett vermelho estacionado. Luzes acesas, vidros
abertos. Não seria aquele o possível objeto
do crime, tentando evadir-se do local sem deixar pistas?
Chegando perto, Gilson descartava a possibilidade, o que
já lhe trazia algumas resistentes lágrimas
aos olhos (ou seria o brilho característico do excesso
de cachaça?).
A angústia pesava sobre nossos ombros e o Sábado
mostrava um final sombrio. Já ligávamos para
a polícia, procurando um modo de comunicarmos o sumiço
de um automóvel quando de repente, não mais
que de repente, o crime perfeito parecia estar sendo desvendado.
Quase na frente do Etc & Tal, não ultrapassando
10 metros da sua entrada, outro Kadett vermelho. Desta feita,
posicionado no sentido oposto ao que Gilson garantira ter
deixado seu veículo. Mais que isso, do outro lado
da rua. Munido de um sistema eletrônico que reconheceria
indubitavelmente a veracidade da propriedade do automóvel
o controle remoto do alarme Gilson acionou
o minúsculo equipamento. Para por fim ao desepero
de todos, aquele que jamais poderia ser mas era
o veículo mais procurado de Curitiba, acendeu as
luzes e emitiu um som característico de alarme sendo
destravado.
Desconsiderando a hipótese da improvável
coincidência de freqüências de alarmes,
o veículo foi finalmente reconhecido por seu proprietário.
Sorrisos tornaram-se uma constante entre os, até
então, preocupados investigadores. O crime fora desvendado.
Todas as evidências apontam para que o "bom ladrão"
tenha aparecido nas imediações e, vendo que
o carro do amigo Gilson estaria muito longe do barzinho
e do outro lado das três pistas , roubou-o
com a nobre intenção de recolocá-lo,
desta vez quase na frente do estabelecimento em questão.
A possibilidade de que Gilson tenha colocado o carro no
local onde realmente fora encontrado é remotíssima.
Afinal, a atenção dispensada pelo amigo à
sua ficha de consumação foi exemplar o tempo
todo e nos dá condição de isentá-lo
de qualquer culpa neste episódio. O fato dela ter-se
perdido por três vezes durante a noite foi atribuído
ao mero acaso.
No fim, sem perdas nem danos, todos foram embora com uma
única certeza: o encontro dos designers foi excelente,
rendeu bons papos e um "causo". Quem não
foi, perdeu! Logo marcaremos outros oficiais e diversos
extra-oficiais, visto que a dupla Mauricio e Gilson ainda
não encontrou adversários a altura na sinuca.
E isso que ainda não mostraram sua classe no boliche,
no futebol, no videogame, no preparo de picanha, no consumo
de caipirinha e outros desafios que podem ser feitos por
quem se aventurar.
Aproveitamos para agradecer a presença de todos.
Além do nosso conhecido Alexo (vulgo Alexandre Maravalhas),
deste escriba (Mauricio Simões) e sua namorada (Adriana),
ainda contamos com a presença do atento Gilson, dos
"gente boa" Levis e Valesca, do Henrique "Rík"
(ou Júnior) e dos impagáveis amigos Nelson
e Kelli Smythe. Sentimos falta do resto da turma que pode
aproveitar os próximos eventos oficiais ou
não para bater um papo e dividir a conta das
cervejas.
Como diz o dono e garoto-propaganda do Rick's Motel: "Apareeeeeçammmm!".
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